segunda-feira, 23 de maio de 2011

Noite de Rock and Roll

Ontem eu fui a um show, Led Zeppelin (cover obviamente), música boa, pessoas desconhecidas, a fumaça do cigarro predominante no ar e, como de costume, muito álcool. A nova safa de adolescentes rebeldes me assusta. Vi alguns muito estranhos, com cabelos esquisitos, buracos do tamanho de bolas de golfe nas orelhas, roupas extravagantes e um olhar de tristeza. Porem, eu conheço esse sentimento, sei como ele age dentro da pessoa, devorando sua alma e destruindo aos poucos, como se fosse um câncer. Mas o olhar daqueles jovens não era como a desse tipo de dor, e sim com u ar de prazer. Acham que viver em meio ao sofrimento é algo encantador, bom de certa forma pode se dizer que sim, pois aquele que sobrevive por anos cm isto dentro de si, é um “vitorioso adormecido”, já que suporta a dor mas não a elimina. Em contra partida, forçar o sentimento para alimentar um desejo, é algo TOTALMENTE ESTUPIDO. Sim, estou chamando vocês, jovens que ainda se acham rebeldes, de ESTUPIDOS! Um bando de imbecis alienados, que acham isso um manifesto revolucionário. Quem é o idiota que quer viver com dor? Acordar sem querer se levantar, viver a espera da morte. Enfie uma bala na cabeça de uma vez! Já vivi os dois lados, e posso afirmar que viver feliz e apaixonado, ter alguém ao seu lado que te proporcione tais sentimentos, não há nada melhor. Se você quer sofrer, ao menos sofra por um amor verdadeiro.


Solos de guitarra, gritos frenéticos, uma bateria eletrizante e o som melódico e cru do baixo. Que noite! Não tinha noites como esta há meses. Passava dias e noites morrendo em minha casa, bebendo cachaça velha, fumando cigarros que já foram tragados, e enlouquecendo cada vez mais. . Mas essa noite não poderia ser igual. Tinha decidido ir ao show de ultima hora, cheguei por volta das 21h30min. Logo de cara me encostei no balcão do bar e com os poucos trocados que tinha nos bolsos bebi garrafas e garrafas de cerveja, estava pegando leve. O show começou e eu então, o apreciei. Degustei daquela melodia como se fosse vinho tinto. Sentia a energia que saia daqueles amplificadores enormes.


Fiquei por lá até os portões serem fechados, fiz uma rápida amizade com o barman e descolei umas cervejas. Eram 02h00min da manhã quando cheguei em casa e, surpreendentemente, apaguei no momento que entrei. Acordei de ressaca novamente, então pensei em como a noite anterior havia algo de diferente, eu estava feliz. Altamente embriagado, mas feliz. Tinha sonhado com ela.

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