segunda-feira, 2 de maio de 2011

Delírios da Madrugada

Estou vazio. Um enorme sentimento de dor e tristeza me domina. A chuva que bate na janela são as lágrimas que não posso por pra fora. Junto a minha fiel companheira, bato nas teclas de minha máquina de escrever as palavras confusas que sobrevoam minha mente. Brinco com essas palavras através de poemas, assim transparecendo a minha dor em versos de sofrimento. Dessa maneira não enlouqueço de vez, me apoiando em poemas e em outra garrafa para junto ao meu velho abajur que ilumina a escrivaninha e boa parte de meu pequeno quarto que chamo de lar.



Sinto a falta de alguém, sinto a falta daquela que esteve ao meu lado durante anos, me dando amor, atenção a mim e a minhas obras, me transformando de um escritor bebum a algo maior e digno. Mas agora ela esta longe. Seus lindos olhos estão fora de meu alcance, seu sorriso perfeito também se foi. Ficaram somente as lembranças de momentos que passamos juntos, do gosto de sua boca, do cheiro de seu cabelo negro, do toque suave de seu rosto junto ao meu no momento que nos abraçávamos.



Bebo da garrafa a tristeza de outra noite longa de solidão. Enquanto meu cigarro queima, observo à fumaça dançando no ar. Passando dentre os móveis, girando e se contorcendo, é uma bela visão. Talvez ainda haja esperança.

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