quarta-feira, 1 de junho de 2011

O brilho de uma noite sem lua

Não consigo evitar. Todas as vezes que fecho os olhos à imagem dela me vem à cabeça. Bebo sem parar. Horas e horas, de copo em copo. Nada impede minha mente de me levar até ela. Em instantes estou ao seu lado sentindo seu cheiro, abraçando-a com força. Mas algo me acorda e abro meus olhos. Ela se foi novamente.


Estou só, caminhando por corredores escuros e frios. Assusto-me com a minha sombra no momento em que a luz do letreiro de frente para meu quarto é aceso, por volta das 23 horas. Ando desleixado, de cabeça baixa e com um copo na mão, olhando através da janela observo alguns carros e algumas pessoas fortes o suficiente para caminhar pela rua numa temperatura próxima dos -10 graus.


Nada mais que o silêncio. Eis então, em meio à escuridão vejo o brilho de seus olhos. Dou um sorriso sem graça. Estamos juntos. Amor só é amor quando se sente. Eu te amo, não me deixe mais. Sou um pobre bebum, sozinho com minha loucura, doente de saudade e destruído pela vida.


A noite parece não ter hora para acabar e minha vontade de dormir, mesmo que seja grande devido ao meu cansaço, não é suficiente para me fazer dormir. Mas pensando bem, talvez isso tudo seja um sonho. Talvez eu esteja dormindo com a cabeça em cima de minha máquina de escrever, com minha garrafa vazia ao lado e com as cortinas fechadas impedindo que o sol entre e me acorde.


Penso sobre isso e não consigo identificar se aquilo é um sonho ou não. Continuo só e ao mesmo tempo em sua companhia. Estou enlouquecendo apenas? Ou estou bêbado demais? Merda! Não sei no que pensar, não sei o que fazer, apenas caminho pela casa com um copo na mão.

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