quarta-feira, 8 de junho de 2011

Uma volta no inferno de minha própria mente

Sinto que estou sendo observado, come alguém estivesse me seguindo e analisando cada movimento meu. Me arrepia a espinha esta sensação que deixa os pelos dos meus braços em pé.


Escuto um sussurro que parece vir de alguém tão próximo que até posso sentir o do demônio ao pé de minha orelha. Ele diz algo que de maneira confusa entendo como “Esta próximo...” Reflito sobre aquilo por um breve momento. O que estaria próximo, mais que merda aquilo queria dizer?! Inferno!


PÁ! Um estalar de dedos. Bati a cabeça contra a mesa. O que aconteceu? Estou sonhando? “Merda! Aquela erva deve ter me afetado” pensei. “Acorda!” um grito extremamente alto que dominou cada preencheu cada pedaço vazio do cômodo e da minha mente.


A escuridão tomou conta do ambiente, como aquilo aconteceu? Meu coração acelerado, um nó na garganta, cala frios apavorantes. “Você esta com medo?” a voz novamente. De repente um soco de direita me atingi, abro os olhos e caio para trás com a cadeira.


Apoio minhas mãos no chão para tentar me levantar, mas sem sucesso. O chão transforma-se em areia movediça e afundo no carpete velho. Fecho meus olhos com força, começo a gritar, sinto estar sendo observado novamente. Abro meus olhos e ele esta lá, sentado em minha poltrona fumando um charuto. Inala uma fumaça negra em minha direção.


Meus olhos começam a arder, sinto algo escorrendo em meu rosto, encostando em meus lábios. É o sangue que sai de meus olhos, como lágrimas. Não consigo enxergar, muito menos pensar. Aquilo era totalmente insano. Não podia ser real, só podia ser mais uma obra de minha mente louca.


A voz novamente: “Você escolheu o caminho da dor, agora tem de suportar as consequências. Acha mesmo que conseguiria escapar de mim? Eu sempre estive ao seu lado te observando, fui eu quem te deu este dom! E você sabe muito bem qual era o preço.”.


Não conseguia raciocinar, era tudo tão confuso, a voz era terrivelmente sombria. Estava diante de um grande borrão preto que falava e fumava. “Que diabos esta acontecendo?!” exclamei.


Eis então que um grande clarão surgi e estava acabado. Abri meus olhos, olhei em volta e eu estava deitado no chão, ao meu lado uma garrafa de vinho quebrada, minha cadeira também ao chão e uma grande duvida em minha cabeça. Pensava e tentava entender se estive sonhando ou era real o que acontecerá. Era impossível ser real, eu estava em divida com Satã? Mais que merda!


Me levantei, arrumei a bagunça, acendi um cigarro ao sentar na cadeira agora levantada. Quando olho para a folha em minha máquina de escrever, estava manchada de vermelho, sabia muito bem o que era aquilo. Arranquei a folha, joguei-a no chão, coloquei outra no lugar e comecei a escrever.

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