terça-feira, 18 de outubro de 2011

Pura Poesia

Minha cabeça parecia que ia estourar, minha boca estava seca, eu precisava de uma cerveja. Tinha virado a noite no bar, já era dia.

- Sol de merda... – Resmunguei enquanto subia cambaleando as escadas.

A porta estava meio aberta. Meu sangue subiu imediatamente, de bêbado equilibrista fui para valente destemido, um guerreiro em defesa de seu território.

Fechei os punhos, olhei ao redor em busca de algum tipo de arma, nada. Seria assim, homem à homem, puro instinto animal. Encostei o rosto na porta e olhei pela fresta aberta. Não podia acreditar no que estava acontecendo. Pensei que estava bêbado demais, que eu devia ter caído da escada e estava desmaiado sonhando com aquela cena.

Abri a porta com extrema cautela. Entrei sem fazer barulho e fechei a porta. O quarto estava pegando fogo, o calor era intenso. Meu coração disparou de repente.

Ela estava praticamente deitada em minha poltrona de frente para minha máquina de escrever. Esfregava meus poemas escritos em uma folha de papel branca em seu corpo suado. Fazia uns barulhinhos, controlava seus gemidos.

Era lindo! Era perverso! Era excitante! Aquela mulher totalmente desconhecida, porém, extremamente natural com minha arte contribuindo com seu prazer. Cabelos negros, lisos, boca rosada e fina. Seios apalpáveis, coxas grosas e aquela xoxota molhadinha... Pura poesia.

Hesitei em me aproximar, ainda estava em choque, imaginando ser um sonho, afinal é essa a realização de todo escritor, mais fui para perto dela. Não tive tempo para piscar, ela abriu minha calça com a velocidade de uma onça. Abocanhou meu pau com vontade. Olhava fixo para mim, queria ver a minha reação, a expressão em meu rosto.

Ela chupava ele inteiro, depois só a cabeça e brincava usando sua língua. Nunca tinha recebido um boquete como aquele. Não conseguia pensar em mais nada, não me importava o quão inacreditável era aquilo, uma total estranha entra em minha casa, se masturba com meus poemas e agora engole todo o meu pau?! Estava prestes a gozar, meu corpo estava mole, eu iria cair sobre a mesa.

Em segundos todo aquele êxtase de prazer se foi. A maldita o tirou da boca, duro e limpou os lábios.

- Você escreveu estes poemas para uma só mulher?

- Olha aqui, que porra é essa de entrar na minha casa, ler meus poemas, brincar com eles e não me deixar gozar?

Nenhuma mulher tem o direito de interromper um orgasmo...

- Você é muito grosso! Me responde, pra quem você escreveu tudo isso?

- Desgraçada... Sim! Eu escrevi para uma mulher, em geral, todos são pra ela.

- Mais que coisa linda!

- É, pode ser... Afinal, como você veio parar aqui?

- Você é meio rabugento. Sou uma fã sua, leio seus textos há um bom tempo. Descobri seu endereço depois de uma apresentação sua em um teatro lá no centro.

- Você me seguiu até aqui? Rabugento é o caralho!

- As coisas detestáveis que você pensa que quer dizer, o tempo irá torná-las piadas. No fundo, seu coração é de um bom homem, tenho certeza disso.

- Ao menos alguém tem.

Me virei e fui pegar uma cerveja na geladeira. Tomei um longo gole, matava a minha sede, era tão bom. Senti sua mão descendo do meu peito até agarrar novamente meu pinto.

Segurei com força seus braços e a joguei na cama, ela caiu de costas. Era a minha vez, iria mostrar para ela o que sentia quando escrevia um poema. Apertava suas longas e firmes pernas brancas, brincava com sua xota, sentia seu clitóris na ponta da minha língua. Era o gosto do paraíso. Ela não se controlou, deixou acontecer. Gemia forte, seus olhos estavam firmemente fechados, suas mãos apertavam meus braços... Orgasmos múltiplos!

Fui pra cima dela. Sua boca estava aberta e molhada, era uma delícia beija-la. Ficamos nos beijando e acariciando nossos corpos suados por um tempo. Eu estava com o pau duríssimo. Entrei nela. Cavalgava aquela mulher magnifica, aperava sua coxa e penetrava. Ela estava enlouquecendo comigo. Me abraçou forte, gemia mais e mais alto, apertou minha nuca, puxava meu cabelo, fincava a unha no meu braço. Nós gozamos juntos.

A lua entrava pela janela, quanto tempo tinha se passado? Novamente você estava lá. Era poesia pura...

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