quarta-feira, 23 de março de 2011

Dor de Vagabundo

Sinto como se estivesse caindo, que o chão em que piso não é forte o bastante para suportar minha dor. Não há nada que me faça aguentar e superar isso. Tenho ao meu lado as mesmas saídas que me acompanham há anos: uísque, maconha e algumas pilulas vendidas sobre prescrição médica. Mas com o tempo, o efeitos destes meus velhos refúgios passam e é precioso aumentar a dosagem. Prefiro me matar com uísque e pilulas tarja preta do que buscar a solução em coisas como crack ou algo do tipo.

Minha vida esta chegando rapidamente ao fim. A comida perdera seu gosto, as coisas que faziam sentir-me melhor hoje já não tem a mesma eficácia, o sexo parece cada vez mais dificil de se conseguir já que não falo com uma mulher há meses. O que se faz quando sua vida chega a este ponto? O ponto em que nada tem sentido, não há nada que valha a pena se arriscar, uma vida onde a cada dia você se vê dentro de uma maldta caixa de madeira enfiada abaixo da terra junto de insetos, esgoto e a merda dos que estão a cima de você.


Sou um escritor sem o dom da escrita. Apenas reclamando por aquilo que tive, daquilo que nunca vou ter e e como passei minha vida descendo em direção à merda. Meu ezilho profundo. Tenho 57 anos, me chamo Leonard Cocain, tenho a barba para ser feita há meses, cicatrizes em meu rosto, uma dor dentro de mim e uma garraa de uísque como companhia.

1 comentários:

Karen Ludmila disse...

Adorei seus textos. Também tenho um blog, se quiser fazer uma visita http://kahludmila.blogspot.com/
beijos

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