segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Colapso Nervoso

Abra os olhos. Você está sozinho. Há uma arma apontada para sua cabeça. Vamos lá, decida-se, vida ou morte. Rápido, ela vai voltar logo e irá sorrir pra você com aqueles denter perfeitos. Vai querer conversar, te abraçar, vocês vão se entrelaçar e foder novamente, será melhor do que qualquer outra foda que você já teve. Mas e depois? Você continuará só, vai enchê-la com falsas expectativas como casar-se, ter filhos, ser feliz. você pode proporcionar isso tudo a ela? Você é Feliz? Quem é você?

O tempo não para, decida-se rápido! O suor escorre pelo seu rosto, seu coração acelera, a cabeça não para, mil pensamentos, infinitas lembranças, boas e ruins pairando em sua mente. Não se ouve um ruido a não seir o som metálico da arma batendo no botão da manda de sua camisa. Tudo ao se redor é mórbido, depressivo e sem vida.

Suas mãos suadas seguram firme a arma pressionada contra sua cabeça, seus olhos se abaixam e tudo que vê é uma vida miserável. Garrafas vazias no chão, bitucas de cigarro, um resto de cocaína esquecida sobre o criado mudo. Segurando cada vez mais forte a arma, uma vontade de gritar, o sangue ferve, o ódio te domina então... A porta esta aberta e ela esta lá, chorando, assustada com o que vê. A arma é jogada no chão, enquanto a abraça, tenta acalma-la, enxuga suas lágrimas e com um beijo corta aquela tristeza que a possui. Deitam juntos na cama e dorme abraçados, confortando um ao outro. Descanse agora, pois na manhã seguinte acontecerá tudo outra vez.

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